Vamos estar representados na:
Edições Portáteis
A atração
“fatal” da existência física das imagens leva à procura de um meio que as torne
especiais, tangíveis. Provavelmente mais resistentes à ironia que é a tentativa
de permanecerem para além da vida do autor.
Neste jogo de
dúvidas, atira-se para o “objeto feito livro” a responsabilidade da guarda desta
memória (talvez “memória” seja mesmo a palavra mais adequada).
Em paralelo,
a fotografia parece ser dimensionada para este suporte - o livro.
Constitui prática
recorrente a necessidade de tocar nas imagens, guardá-las e transportá-las para
que possam constituir-se como argumento, medida ou até testemunho de vários sentimentos.
Esta reflexão
materializou-se nas Edições Portáteis, que representam a necessidade de editar
os próprios trabalhos como exercício da liberdade de criação.
Hoje, depois
de vários exercícios de forma e função, os projetos estão direcionados para um
tamanho tipificado e uma quase ausência de “desenho”, deixando, muitas das
vezes, que as imagens caiam sobre as páginas sem preocupações excessivas de
rigor formal ou conceptual.